A China informou nesta quarta-feira que encontrou o maior  depósito de minério de ferro da Ásia na região nordeste do país, impulsionando  as ações de siderúrgicas locais.
Entretanto, analistas disseram que há  vários obstáculos para serem superados antes que a produção possa começar e  reduzir as necessidades de importação do país.
A descoberta aconteceu no momento em que  siderúrgicas chinesas entram na fase final das negociações sobre o preço do  minério com as mineradoras mundiais.
Faltando menos de uma semana para o  prazo final, está cada vez mais claro que a China enfrenta duas escolhas --  comprar todo o minério no mercado à vista ou engolir o mesmo acordo fechado por  rivais.
A agência de notícias oficial da China citou autoridades locais  segundo as quais o recém-descoberto depósito de minério na província de Liaoning  tem reservas estimadas de ao menos 3 bilhões de toneladas.
Uma autoridade  local de geologia confirmou o número e disse à Reuters que a mina iniciará a  produção no ano que vem, e poderá estar produzindo até 5 milhões de toneladas  até 2015.
"Acho que a descoberta não terá nenhum impacto nas negociações  do preço do minério já que a produção não entrará no mercado até 2015", disse Ma  Zhongpu, analista da ChinaCCM.
Um trader de Hong Kong afirmou que também  há incertezas sobre quanto do depósito pode ser economicamente viável para  extração e quais seriam os custos de investimento.
A China, maior  importador de minério de ferro do mundo, conta com fornecedores globais para  quase metade de sua demanda anual de 1 bilhão de toneladas. O país comprou no  exterior 444 milhões de toneladas de minério em 2008.
O depósito tem  tanto material de magnetita quanto de hematita, e seu conteúdo de ferro fica  entre 25% e 62%, de acordo com a agência de notícias da China. A profundidade é  de mais de um quilômetro abaixo da superfície.
A autoridade de Lianing  afirmou que a mina exigirá investimento de 2,5 bilhões de iuans (US$ 366  milhões) e 20% pertencerá ao Benxi Iron & Steel Group. O principal  investidor é uma empresa de Shenzhen, mas ele recusou-se a dar o nome,  explicando que o governo local terá uma participação de 20%.
Fonte: uol noticias
 
