O programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira, 8, pelo governo, propõe a criação de um ciclo obrigatório de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) , mas não deve ficar restrito ao curso de medicina.
No entanto, o Conselho Nacional de Educação (CNE) analisa a adoção da medida que estudantes de odontologia, psicologia, nutrição, enfermagem e fisioterapia também concluam a formação com atividades na rede pública.
O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Speller, informou nesta terça-feira, que isso já vem sendo pensado. Não há prazo para a conclusão da análise, que começou antes mesmo dos estudos sobre o caso da medicina.
A administração federal anunciou nesta segunda-feira a edição de medida provisória (MP) para ampliar de seis para oito anos a duração de medicina em instituições públicas e privadas.
A decisão vale para estudantes que ingressarem na faculdade a partir de 2015. O ciclo complementar será feito em locais indicados pelas instituições de ensino, que formarão rede com serviços públicos de assistência.
Pelos serviços prestados, o aluno receberá uma bolsa com valor ainda não definido. Durante os dois anos do ciclo suplementar, o aluno não pagará mensalidade. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a remuneração deverá variar entre R$ 2,9 mil e R$ 8 mil. A verba virá da saúde.
Remuneração
As instituições de ensino receberão pela supervisão feita ao trabalho do aluno na rede do SUS. A forma como isso será feito também ainda não está decidida. Há tempo ainda para se pensar, justificou Speller. Estamos falando em algo que terá impacto apenas em 2021.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não descartou a possibilidade de o aluno ser enviado para uma cidade diferente daquela onde ele cursou a graduação.
Para isso, no entanto, é preciso que a instituição de ensino tenha um vínculo com a unidade básica de saúde ou o hospital para onde o estudante será enviado. A regulamentação do texto pelo CNE deve demorar seis meses.
Fonte: Revista Exame