quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cirurgiões usarão impressão 3D para reconstruir rosto de paciente

Implantes faciais impressos em 3D (Foto: Science Museum & Renishaw Plc)

Cirurgiões britânicos anunciaram que vão usar a técnica de impressão em 3D para reconstruir o rosto de um paciente destruído em um acidente de moto.
Uma equipe do Hospital Morriston, no País de Gales, utilizou imagens de tomografias computadorizadas para projetar implantes de titânio, a fim de fabricá-los com uma impressora que usa a nova tecnologia.
Acredita-se que esta será uma das primeiras tentativas de usar a impressão em 3D para reparar danos causados por lesões.
Por se tratar de um projeto inovador, a operação - cuja data ainda não foi marcada - virou tema de uma exposição no Museu de Ciências de Londres.
Traumas
Implantes customizados de titânio já foram usados para corrigir problemas congênitos, mas não se tem notícia de seu uso para reparar traumas causados por acidentes.
"O paciente sofreu múltiplas lesões no corpo, incluindo algumas graves no rosto", disse o especialista em reconstrução Peter Evans, de uma instituição galesa que participa do projeto. "Ele passou por uma cirurgia de emergência na época, mas agora chegamos ao estágio em que podemos fazer uma reconstrução apropriada do seu rosto."
Evans e o cirurgião consultor maxilo-facial do Hospital Morriston, Adrian Sugar, planejam reposicionar os ossos faciais do paciente.
Com uma tomografia, eles conseguiram criar uma imagem espelhada do lado do rosto do paciente que não foi afetado pelo acidente.
"A simetria racial do paciente será restaurada, então ele deverá ter seu aspecto visual de volta", agregou Evans.
Após a tomografia, os especialistas desenharam guias para cortar e posicionar os ossos de maneira precisa, além de usar implantes projetados especificamente para o paciente.
Os implantes de titânio, de origem belga, estão sendo produzidos por uma das poucas empresas do mundo especializadas em impressão 3D.
A exposição 3D: Imprimindo o Futuro, que destaca os planos da cirurgia no Museu de Ciências londrino, permanece em cartaz até julho de 2014.

Fonte: BBC Brasil