quarta-feira, 27 de maio de 2009

Montadora chinesa confirma instalação no Brasil



A maior montadora chinesa, Chery, confirmou nesta terça-feira que instalará uma fábrica no Brasil para a produção de até 150 mil veículos por ano.
A informação foi confirmada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Ivan Ramalho, durante um seminário empresarial em Pequim que faz parte da agenda da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país.
A produção da Chery no país deverá ser limitada inicialmente ao modelo A3.
A montadora estaria estudando possíveis locais para a instalação da fábrica nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais ou Ceará.
A decisão deverá ser tomada nos próximos dois meses, quando seria iniciada a construção da fábrica. A produção de veículos começaria até 2012.

Petrobras
A visita de Lula à China tem como um de seus principais objetivos a ampliação do comércio entre os dois países e a atração de mais investimentos chineses ao Brasil.
Entre os acordos que deverão ser anunciados nesta terça-feira à tarde durante o encontro entre Lula e o presidente chinês, Hu Jintao, está a aprovação de um financiamento bilionário do CDB (China Development Bank) à Petrobras, para auxiliar na exploração do petróleo pré-sal.
Além disso, a Petrobras negociava a venda de até 200 mil barris de petróleo por dia à estatal chinesa Sinopec.
Os termos finais dos acordos, fechados apenas às 6h30 desta terça-feira (19h30 de segunda em Brasília), após longas negociações, deverão ser confirmados oficialmente apenas no final da tarde, após o fechamento das Bolsas asiáticas.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, se disse "satisfeito" com a conclusão dos acordos. 

Carne
Em outra das negociações comerciais para a abertura do mercado chinês para a carne brasileira - vistas como prioritárias durante a visita - houve um acordo para a eliminação de barreiras à venda de carne de aves, mas ainda há um impasse em relação ao comércio de bovinos e suínos.
A venda de carne de aves brasileiras à China já era permitida, mas o governo brasileiro reclamava da demora na concessão de licenças de importação, que na prática impediam o comércio do produto. 
s dois lados então, negociaram para diminuir a burocracia nesse comércio.
O maior interesse do Brasil, no entanto, é a abertura do mercado chinês para a venda de carnes de porco, já que os chineses consomem cerca de 40% da produção mundial do produto.
Mas como contrapartida à importação de carnes brasileiras, a China exigiria a abertura do mercado brasileiro para a venda de tripas. 
Com relação às carnes bovinas, uma pequena quantidade de carne brasileira já é exportada à China, mas algumas barreiras fitossanitárias, impostas após as suspeitas de casos de febre aftosa em alguns Estados brasileiros, impedem a ampliação desse comércio.

Fonte: BBC Brasil