quarta-feira, 10 de abril de 2013

A arte da ilusão

Uma das coisas fascinantes da arte é a capacidade de transportar o espectador para um mundo completamente à parte e o artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher foi capaz de realizar essa tarefa com especial precisão. Quando se fala em obras que enganam os sentidos, ele é a principal referência e o Brasil terá a oportunidade de ver de perto esse legado. A partir do dia 11 de abril, o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, vai receber a mais completa exposição de obras dele já realizada no país e incluirá trabalhos de ilusão de ótica, quadros e filmes em três dimensões. Com curadoria de Pieter Tjabbes, a mostra “A magia de Escher” acontece até o dia 21 de julho, depois, segue para Belo Horizonte, no Palácio das Artes, de 18 de setembro a 17 de novembro. A seguir, você confere algumas das peças expostas.




Céu e Água I

Criada em 1938, a figura “Céu e água I” é uma xilogravura (feita com uma matriz de madeira) de 43,4 por 43,3 centímetros de dimensão, que brinca com a visão das pessoas ao misturar as formas de peixes e aves. No topo, a imagem de um grupo de patos em migração é bem nítida, mas, na medida em que a visão chega à metade da obra, tudo de confunde dando origem a um cardume que nada na água negra.



Relatividade

A litografia “Relatividade”, de 1953, é uma das obras mais conhecidas do artista. Medindo 29,1 por 29,4 centímetros, a imagem revela uma escada “impossível”, desenhada em ângulos diferentes, em que pessoas sobem e descem desafiando a lei da gravidade – e criando uma sensação, no mínimo, estranha no espectador.




Subindo e Descendo

Datada de 1960, a imagem “Subindo e Descendo” feita em litografia é outra figura impossível, em que pessoas sobem e descem uma escada sem fim. O trabalho, de 35,5 por 28,5 centímetros, serviu de inspiração para a construção de “paradoxos” (tipos de armadilhas para as defesas inconscientes do sonho), no filme “A Origem”, de 2010.

Fonte: Revista Exame